Bem, todos temos muito o que fazer. Isso é um fato. Mas às vezes há de se criar tempo para o exercício do ócio. Isso pode nos ajudar a entender melhor o que temos feito, o motivo de fazê-lo e refletir se devemos continuar ou não. Há também o ócio criativo, aquele que nos faz mais capaz de criar somente pelo de fato de não existir a obrigação de criar!
A cultura é algo que me alimenta. Nesta quinta pude ser alimentada pela maravilhosa arte da música.Naquele momento agradeci a Deus de poder assistir um grupo de amigos cantarem o choro número 10 de Villa-Lobos. Senti a brasilidade da cuíca num ambiente que muitos não acreditam que poderia estar ali. As sílabas que o Coro da FAMES e do IFES cantavam estavam carregados de sentido para mim. Significavam quão lindo e profundo pode ter a ausência de sentido. Os agudos que as sopranos faziam eram como uma viagem ao meu interior. Me faziam sentir a presença de Deus!
Isso me fez lembrar do sábado passado: O desfile da identidade capixaba. É indescritível a sensação de presenciar tão variadas formas de folclore do ES. Isso é tão especial que deveria entrar no calendário turístico do estado. 154 grupos folclóricos festejaram com cores, sons e danças a maravilha que é ter sua cultura. Acredito que muitos precisariam estar ali. Espero que essa política pública seja respeitada e, junto com ela, a diversidade cultural que ela representa.
Para fechar muito bem aquele memorável dia, pude ouvir uma música que sempre mexe comigo cantada por grandes amigos: Calix Bento, pelo grupo Moxuara. A união da fé e da dança com a presença de amigos de diversos grupos me mostraram que momentos de ócio são fundamentais, afinal não dá para viver como se fôssemos máquinas. A vida merece mais. Por isso, MOVA-SE, MOVA O MUNDO! Vamos nos mexer! Assim mexeremos com tudo e todos!
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